"O
que devo dizer a vós agora, queridos filhos da França, que gemem sob o peso da
perseguição? O povo que fez uma aliança com Deus na pia batismal do Rheims vai se arrepender e voltar para
sua primeira vocação. Suas falhas não ficarão impunes, mas ela (a França) nunca
perecerá, a filha de tantos méritos, tantos suspiros, e tantas lágrimas.
Um dia
virá, e nós esperamos que não esteja distante, quando a França, como Saulo no
caminho para Damasco, será cercada por uma luz celestial e ouvirá uma voz
repetindo a ela: "Minha filha, por
que me persegues?" E à sua resposta: "Quem és Tu, Senhor?", a voz responderá: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues. É
difícil para ti chutar contra o aguilhão, porque, em sua obstinação, você se destrói”.
E ela, tremendo e atônita, dirá: "Senhor,
que queres que eu faça?" E Ele vai dizer: "Levanta-te, lava a sujeira que te desfigurou, desperta em seu
coração esses afetos dormentes e o pacto da nossa aliança e vá, filha mais
velha da Igreja, nação predestinada, vaso de eleição, vai, como no passado, e
leva o meu nome diante de todos os povos e diante dos reis da Terra”.
Papa São Pio X, Alocução “Vi ringrazio” aos novos cardeais, 29 de novembro de 1911
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A França sempre foi uma
nação símbolo da cristandade e que talvez por isso teve certa predileção. Já no
século XV Joana d’Arc, a “Donzela de Orléans”, uma pobre camponesa, foi escolhida
para liderar o exército francês e livrar a França da ameaça inglesa durante a
Guerra dos Cem Anos. Ela ouvia vozes do próprio Arcanjo São Miguel a incumbindo
dessa missão. Após ferir-se em batalha, foi traída e em seguida condenada de
forma ilegal à fogueira por falsa acusação de heresia onde acabou sendo martirizada. Santa Joana
d’Arc foi canonizada em 1920 pelo Papa Bento XV.
No entanto, no século
XVII, o Rei da França, Luiz XIV, recebeu o pedido para que o Reino da França
fosse consagrado ao Sagrado Coração de Jesus, pedido transmitido por Nosso
Senhor Jesus Cristo, através da vidente Santa Margarida Maria Alacoque. O Rei
não atendeu ao pedido e também o ocultou. Exatamente 100 anos depois, estourou a
Revolução Francesa orquestrada pela franco-maçonaria a qual durante seus 10
anos de desenvolvimento retirou quase que por completo, Deus da vida pública através de proibições, perseguições
e assassinatos de católicos que se recusavam a jurar fidelidade ao Estado acima da fidelidade a Deus através da santa Igreja e do Papa. Para tal feito, os revolucionários chegaram até a criar uma espécie de "igreja" paralela onde ao invés dos cânticos católicos, se prestava homenagens ao Estado. Nessa época, até mesmo o uso de um simples símbolo religioso como um
escapulário, era punido com a execução de toda uma família. O tal "liberté, égalité, fraternité" foi forjado às custas de muito sangue católico inocente.
Passada a década de perseguições,
veio a infiltração dos ideais da revolução dentro da própria santa Igreja,
verificado no liberalismo de parte do clero, que abrindo mão do combate aos
erros do mundo, adaptou-se a esse mesmo mundo, o que configurou o modernismo, "síntese de todas as heresias"(1) como denunciado por São Pio X
O triunfo da nefasta Revolução Francesa pode ser verificado de forma ainda mais forte na sociedade mundial, principalmente do Ocidente de um modo geral, onde se substituiu o culto a Deus, pelo culto ao Homem. E é nesse estado que a França, filha amada de Deus, também se encontra nesse momento. E
é exatamente disso, quase que de forma profética, que falava São Pio X em sua alocução
de novembro de 1911; desse infeliz estado de apostasia na qual se encontra a
França, ao mesmo tempo, na esperança de que este país devolva o trono francês
à realeza de Cristo, e volte a ser a nação que outrora foi propagadora da
verdadeira Fé.
"Ô Marie conçue sans péché, priez pour nous qui avons
recours à Vous.”
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!
V./ Nossa Senhora das Graças.
R./ Rogai por nós.
V./ Nossa Senhora de Lourdes.
R./ Rogai por nós.
V./ Nossa Senhora de La Salette.
R./ Rogai por nós.
V./ Ó Cristo.
R./ Tende misericórdia de nós.
V./ Nossa Senhora de Lourdes.
R./ Rogai por nós.
V./ Nossa Senhora de La Salette.
R./ Rogai por nós.
V./ Ó Cristo.
R./ Tende misericórdia de nós.
(1) Encíclica Pascendi Dominici Gregis, de 8 de setembro de 1907.
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