No inicio deste mês de março, os católicos foram agraciados
com um filme que vem contar algo que já a algum tempo começou a vir a público;
de como o venerável Papa Pio XII ajudou a salvar milhares de judeus durante as
perseguições nazistas na Europa.
O filme “Shades of Truth” – “Tons de Verdade”
na tradução livre - que foi escrito e dirigido pela italiana Liana Marabini e
produzido pela Condor Pictures, foi exibido no dia 2 de março em Roma.
Com um elenco que conta com, entre outros, o ator Christopher
Lambert, o filme relata a história de um jovem jornalista judeu ítalo-americano
que após uma investigação sobre o Papa Pio XII, se surpreende ao descobrir que,
ao contrário do que a mídia caluniosa de uma maneira geral mostrava, o próprio Papa
supervisionou secretamente uma rede de resgates que salvou em torno de 860 mil
judeus que muito provavelmente encontrariam a morte certa nos campos de
concentração nazista. No filme, dentre as fontes que levam o jornalista a estas
descobertas estão os próprios filhos de alguns dos sobreviventes do Holocausto.
Diretora Liana Marabini em apresentação do filme |
A escritora Liana utilizou de personagens fictícios para
contar o fato real de como Pio XII, de forma silenciosa e tendo que carregar
mesmo após a sua morte o injusto estigma de omisso, foi na verdade, aquele que
misericordiosamente empreendeu maior ajuda aos judeus nos tempos da perseguição
nazista, como revelou o Papa Bento XVI ao dizer que Pio XII “salvou mais judeus do que ninguém.” O
próprio Papa Francisco também comentou: "Jogaram
tudo sobre o pobre Pio XII. Mas é preciso lembrar que antes era considerado um
defensor dos judeus. Escondeu muitos nos conventos de Roma e de outras cidades
italianas, e também na residência de verão de Castelo Gandolfo".
A própria diretora Liana Marabini em nota no site da Condor Pictures afirma: “eu mesma encontrei
pessoas que afirmaram: «eu agradeço a Pio XII, que me deu a vida, salvando meus
pais»“.
Além destes depoimentos, a escritora se baseou em cerca de
100 mil páginas de documentos, a maior parte contida nos arquivos do
Vaticano, até então proibidos a pesquisadores de acordo com um acordo firmado
entre o Vaticano e a Itália desde 1929, os quais o Papa Francisco prometeu abri-los
para que se saiba a verdadeira história do que se passou nos tempos do
pontificado do venerável Pio XII.
Tais descobertas por si só, já são suficientes para encher a
nós católicos de alegria e orgulho, mas não é o que está acontecendo em algumas
mídias católicas (?).
Até mesmo o L'Osservatore Romano, jornal ligado ao Vaticano,
contrariando o que se esperava do mesmo, classificou o filme em defesa de Pio
XII como “ingênuo”, “sem credibilidade” e “francamente desajeitado”. E isso
ainda não é tudo.
Em entrevista ao canal online de notícias católicas ZENIT,
ao ser indagada se ela se sentia surpresa pela crítica negativa de alguns
jornalistas católicos, Marabini confessou: “Há
também duas críticas que não são ‘muito católicas’, feitas, no entanto, por um
jornal católico e isso me surpreende. Fui censurada por uma cena do filme que
fala em favor do celibato sacerdotal e para uma outra cena, onde a comunhão é
dada na boca e não na mão.”
Diante do chocante comportamento dos tais jornalistas em
questão, o primeiro sentimento que um católico pode ter é o de traição. Traição
à Igreja e ao próprio Cristo.
Os jornalistas “católicos” os quais a diretora menciona, não
apenas atacam de maneira injusta aquele
que tão louvável desempenhou sua função de representante de Jesus na Terra, mas
agem contra Cristo ao se oporem à defesa do celibato sacerdotal a exemplo de
Jesus e mais ainda, contra a Sua dignidade ao criticarem a forma mais digna e
piedosa de receber o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo - de receber a santa
Comunhão - que é diretamente na boca e de joelhos como a Igreja e todos os
grandes santos desde sempre ensinaram com suas palavras e atitudes.
Sendo assim, estes tais jornalistas que têm a coragem de
fazer tal oposição e críticas a Pio XII e principalmente ao celibato sacerdotal e à comunhão diretamente na boca se portam como verdadeiros apóstatas, como
verdadeiros Judas.
Papa Bento XVI em visita ao túmulo de Pio XII |
Pius XII, ora pro nobis et pro Ecclesia nostra!
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