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domingo, 4 de maio de 2014

Dom Athanasius Schneider e a Comunhão na Mão


  Sua Excelência Reverendíssima, Dom Atanásio Schneider, é atualmente bispo de Astana, no Cazaquistão. Nasceu em 7 de abril de 1961 no Quirguistão que então fazia parte da extinta União Soviética.
  Dom Athanasius também faz parte da ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz, criada em 1131, em Coimbra, Portugal, por Dom Telo e São Teotônio, o primeiro português a ser canonizado. Seguem a regra de Santo Agostinho, estando a ordem sob as proteções da Santa Cruz e da Imaculada Conceição.
Dom Athanasius é também autor do livro “Dominus Est” (É o Senhor!) sobre a sagrada Comunhão.




    Em entrevista à uma emissora de rádio católica do Tirol (Áustria) que faz parte de uma rede mundial, a Radio Maria SüdtirolDom Athanasius explica que a comunhão na mão nunca foi uma prática dos primeiros cristãos, mas que teve origem no século XVII entre os protestantes calvinistas por estes não crerem na presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia. Dom Athanasius explica isso nessa entrevista traduzida para o português pelo site Frates in Unum neste endereço: “Nem Lutero”. “A comunhão na mão não tem nada a ver com a Igreja primitiva, é de origem calvinista”

    Após o Concílio Vaticano II com a mudança no rito da Missa, essa prática começou a espalhar-se pelo mundo. Mesmo hoje, essa não é a prática oficial da Igreja, mas foi dada a permissão para alguns países da Europa onde a prática já era comum.  O que era a exceção, infelizmente tornou-se a regra.

    No vídeo a seguir, Dom Athanasius relata seu primeiro contato com a Comunhão sendo dada na mão.
    Abaixo, um trecho do que fala Sua Excelência Reverendíssima no vídeo:



"Eu cresci na clandestinidade soviética e fui educado por sacerdotes mártires, confessores. E quando minha família deixou a União Soviética eu tinha 12 anos. Quando nos despedimos do nosso pároco que era um mártir confessor ele nos disse: ‘quando vocês chegarem na Alemanha estejam atentos. Não andem nas igrejas onde se dá a sagrada comunhão na mão’. E quando eu senti esta palavra, eu não podia entende-la. E quando chegamos na Alemanha fomos na Missa e eu observei como se dá a comunhão. Numa maneira tão simples, superficial. E quando nós tornamos à casa, eu disse à minha mãe: ‘mas mamãe, isto era como a distribuição de biscoito na escola’. Eu disse isso com toda minha inocência infantil. E depois nós andamos em outras igrejas e a mesma situação. E quando nós tornamos à casa, minha mãe começou a chorar e disse: ‘eu não posso entender como se pode receber Nosso Senhor Jesus Cristo que, presente com toda a majestade divina Sua nesta Comunhão, nesta sagrada Hóstia, de uma maneira assim superficial’. E começou a chorar. Isto me tocou tão profundamente, estas cenas, desde 12 anos de idade que nunca me deixou... Também como sacerdote e bispo não posso entender até hoje, como se pode receber Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso divino Senhor Jesus Cristo de uma maneira assim pobre de gestos, de adoração, de veneração." 

Dom Athanasius Schneider 

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